A demora pra escrever esse post é inteiramente relativa a intensidade com a qual temos vivido estes dias. Em 3 dias de Londres, fizemos muita, muita coisa. Já contamos como foi o primeiro, e agora vamo contar (um pouco mais ligeiro, infelizmente) como foram os outros dois.
2 de outubro
Maior cidade da Europa, capital da Inglaterra e do Reino Unido, Londres é a cidade cosmopolita por excelência. No metrô, é difícil escutar gente falando inglês. Vimos muitos japoneses, franceses, italianos, espanhóis, indianos, e também muitos brasileiros. E mesmo com tantos imigrantes assim, a cidade ainda enfrenta uma grande escassez de mão-de-obra. Linhas de metrô são fechadas por falta de pessoal, as filas para os caixas nos supermercados são sempre gigantescas porque não há caixeiros suficientes e por todo lugar vê-se anúncios dizendo "Contrata-se".
Mas como fomos lá só pra passear mesmo, vamos deixar isso pra lá e nos concentrar nos pontos turísticos da cidade. O primeiro lugar que fomos, terça de manhã, foi o Palácio de Buckingham.
É, em pleno século XXI, a Inglaterra ainda é uma monarquia. E apesar de não mandar em nada (já que o chefão mesmo é o primeiro-ministro, eleito por votação indireta), a Rainha é um símbolo importantíssimo para esse povo tradicionalista que é o inglês.
E é uma dessas tradições que existem desde séculos que fomos ver no Palácio, a chamada "Troca da Guarda". O negócio é o seguinte: todo dia às 11 e meia da manhã, não importa se chova Xuxa ou Pelé, milhares (e são milhares mesmo) de turistas se aglomeram na parte de fora do Palácio para assistir a uma bandinha do exército tocando enquanto os guardas que protegem o Palácio vão, um a um, deixando seus postos que são logo reocupados pelos substitutos. Na verdade, não tem muita graça, mas é um ritual que faz a gente entender melhor como funciona esse tradicionalismo inglês.
Depois, fomos pra Trafalgar Square. Essa praça foi construída em homenagem à vitória da armada naval da Inglaterra sobre Napoleão em no Cabo Trafalgar, na Espanha.
Lá, fica a National Gallery, um dos vários museus em Londres que são de graça. Sendo assim, entramos e demos uma voltinha rapidinha só pra ver as pinturas mais famosas, que iam de Da Vinci a Van Gogh. Como não podia tirar foto lá dentro, vai uma do exterior.
Depois, encontramos a Gabi, compramos um casaco, dois guardas-chuva e fomos para Camden Town, um conjunto de ruas e ruelas que formam um grande mercado que vende várias coisinhas legais, nesse estilo meio jovem mesmo. Bem legal o lugar.
De lá, deixamos a Gabi e fomos para Westminster, o bairro de Londres onde fica o Parlamento (Houses of Parliament) e seu famoso relógio, o Big Ben. Mesmo ainda sendo uma monarquia, Londres foi o primeiro estado-nacional a dividir o poder antes absoluto do rei entre o monarca e uma assembléia legislativa. No entanto, o Parlamento como é hoje só foi construído no século (??), já que um incêndio destruiu o antigo que existia no mesmo local.
Uma curiosidade sobre a monarquia parlamentar da Inglaterra: como no Brasil, o parlamento inglês é bicameral. Mas ao invés de uma câmara de deputados e uma de senadores, eles têm a House of Lords (Câmara dos Lords) e a House of Commons (Câmara dos Comuns). Esse sistema foi inventado há muito tempo atrás para garantir que os senhores feudais ingleses continuassem a exercer seu poder em nível nacional e ao mesmo tempo dar espaço para a representação burguesa (ou popular, como queiram) no Parlamento. E incrivelmente, isso funciona do mesmo jeito até hoje: a maioria dos postos na House of Lords são hereditários, e todos da House of Commons são escolhidos através de eleições. E desse modo os Lords ingleses, seus filhos, netos e bisnetos ainda metem seu bedelho na política nacional até hoje.
A outra grande atração da região é a Abadia de Westminster (Westminster Abbey). Construída no século XI, a abadia foi por muito tempo o local da coroação e do sepultamento dos reis e rainhas ingleses. Do lado dela, fica a Igreja de St. Margaret (St Margaret's Church), que é até hoje o lugar de adoração oficial da House of Commons.
Andamos mais uns quatro quarteirões e chegamos na Catedral de Westminster (Westminster Cathedral). É uma das poucas igrejas católicas da Inglaterra, que é oficialmente um estado anglicano. O mais interessante dela é o interior sombrio, muito diferente do que estamos acostumados a ver nas igrejas católicas brasileiras.
Ainda deu tempo de dar uma passeada no Soho e em Chinatown, a famosa zona boêmia de Londres que deu nome ao Soho de Nova York.
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Um comentário:
Que delícia, caminhar livremente pela cidade observando os prédios e as gentes...
eu quero saber o impacto que tiveram ao conhecer a Europa X América,
Mom
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