A nossa viagem pela Bélgica foi meio experimental, digamos assim. Em menos de 24 horas, visitamos três cidades diferentes: Liège, Bruxelas e Bruges.
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O que aconteceu foi o seguinte: primeiramente, a gente queria visitar só Bruxelas. Mas daí todo mundo tava falando mal da cidade, que era muito feia, que não tinha nada, blablá, e daí a gente decidiu ficar em Bruxelas só o tempo suficiente pra dar uma olhadinha na praça principal (a Gran-Place, que todo mundo dizia ser a única coisa bonita lá) e depois partir pra Bruges, que fica na metade norte da Bélgica.
Mas acabou que o nosso avião não pode pousar em Bruxelas, por causa da neblina, e tivemos que descer no aeroporto de uma cidadezinha chamada Liège, que fica no Sul do País. Daí acabamos decidindo visitar essa também, já que tínhamos ouvido de segunda-mão das amigas da Bela que a cidade era maravilhosa.
Então começamos tudo aí, em Liège.
Liège é uma cidade pequena, e fica na parte francesa da Bélgica, chamada Wallonie. É tudo muito bonitinho, como se o tempo tivesse parado no século XIX e preservado todas as ruas e casinhas do jeito que eram.
Andamos pelo centro histórico da cidade (Couer Historique) e fomos até a Catedral, que era impressionante por dentro, principalmente por causa do Cristo pendurado em frente ao altar.
Mas o melhor da cidade era a parte gastronômica. Comemos o famoso "gaufre" belga, que é tipo um waffle, ou seja, uma massa doce, grossa e aerosa cortada num formato redondo e quadriculado. O nosso era "au chocolat". Delícia!
Também descobrimos que não é só na Holanda que o pessoal come batata frita com maionese, hehehe. Nesse a mulher caprichou:
De barriga cheia, pegamos nosso trem para Bruxelas. Bruxelas é a capital da Bélgica, e fica bem no meio do país, na divisa entre Wallonie e Flandres, as duas principais regiões do país. Chegando lá, não tiramos nem a mochila, já que nosso objetivo principal era a só ver a Gran-Place mesmo que ficava ao lado da estação de trem.
Bom, descrever a Gran-Place é algo difícil. Foi sem dúvida um dos lugares mais bonitos em que já estivemos até agora. É óbvio que as fotos não chegam nem ao pé do que foi a sensação de estar em um lugar desses. Mas talvez ajudem a dar uma noção do que é esse lugar, considerado por Victor Hugo a praça mais bonita do mundo.
Sinceramente, não entendemos porque o pessoal falava tão mal de Bruxelas. É verdade que só essa praça já faz valer a pena uma visita à cidade, mas o resto do que vimos em Bruxelas (óbvio que não foi muito, graças ao fator tempo) também foi legalzinho. Várias ruelinhas, com barzinhhos e guardas-chuvas abertos, casas antigas... Mas o melhor eram as lojas de chocolates.
A gente até queria comprar algum, mas tava muito caro e a gente tinha pouco espaço na mochila. Então nos contentamos apenas em filar amostras grátis, que estavam uma delícia por sinal.
Depois da Gran-Place e dos chocolates, a gente se empolgou e resolvemos dar mais uma passeadinha pelo centro de Bruxelas. Vimos o Manneken Pis, uma estatuazinha meio sem graça de um menino fazendo xixi que dizem ser o símbolo-maior da Bélgica (faltam só explicar o porquê) e também a Catedral de Bruxelas, bem bonitona também.
Já cansados de tanto carregar mochila nas costas, partimos para Bruges. Bruges fica em Flandres, que é a parte "holandesa" da Bélgica. Esse país é difícil de entender: em Wallonie todo mundo fala francês e só. Em Flandres todo mundo fala flamengo (uma língua esquisita parecida com holandês) e um pouco de inglês, mas quase nada de francês. E isso num país pequeninho, do tamanho de Sergipe.
A gente acabou visitando no mesmo dia uma cidade em cada região, e deu pra perceber que realmente existe uma grande diferença entre essas duas culturas, como na língua, na comida e na arquitetura. Mas a primeira coisa que chamou a nossa atenção em Bruges foi o meio de transporte principal da cidade.
É, em Flandres todo mundo anda de bicicleta. É incrível, eles inclusive tem uma pista própria pra bicicletas na calçada, com semafóro, sinalização e tudo. E todas as bicicletas são esse estilo "charmozão década de 60", como tá aí na foto. Legal, né?
Reza a lenad que Bruges é conhecida como a Veneza do Norte, por causa dos vários canais que cortam a cidade. Mas os canais são feios, já que a água é cheia de um pozinho verde esquisito que faz ela nem parecer água mais. O mais bonito que achamos foram as ruas e a praça principal. Se em Liège tivemos a impressão de estarmos no século XIX, em Bruges parecíamos estar em épocas mais antigas ainda.
Ruazinha ao entardecer
Barzinhos na praça principal
É claro que ao escolher visitar três cidades no mesmo dia, a gente já sabia que não ia dar pra ver tudo que há pra ver em nenhum desses lugares. Mas no final das contas, ficamos satisfeitos com o nosso passeio, já que conhecer um pouco de cada coisa já foi o suficiente pra nos dar uma noção legal do que é Bélgica. Foi um dia cansativo, mas que certamente valeu a pena.
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