9 e 10 de outubro
O primeiro pensamento que nos veio à cabeça ao andar pelos canais de Amsterdã foi: "É, Edinburgo ganhou uma boa concorrente".
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Amsterdã é a capital da Holanda, outro país titico que faz fronteira com a Bélgica ao sul e com a Alemanha ao leste. A cidade não é tão grande, tem só 800 mil habitantes. E incríveis 1 milhão e 200 mil bicicletas, todas estilozinhas como aquelas de Bruges.
Caminhar pela área central de Amsterdã é um desafio sensorial pra qualquer um. Você anda, anda, anda e parece estar passando pelo mesmo lugar toda hora. Isso acontece porque a cidade é toda cortada por uma série de canais que formam círculos concêntricos ao longo das ruas e avenidas.
O visual padrão é assim:
Bonito, né? Se você andar mais um quarteirão pra frente, você vai chegar num lugar assim:
À noite, os canais ficam tipo assim:
E por aí vai. Mas o incrível é que é impossível se cansar dessas pontes, casas e bicicletas. Quer dizer, nós ficamos lá por 2 dias e além de não nos cansarmos, ficávamos cada vez mais empolgados a cada quarteirão que passava.
Mas bem mais do que os canais, Amsterdã é famosa por outras coisas, um pouco mais controversas, digamos assim. Lá, a prostituição é uma atividade legal, e existe um bairro específico onde a maioria das prostitutas trabalham, chamado Red Light District.
Sinceramente, alguém deveria fazer uma tese antropológica sobre esse lugar. Lá é mais ou menos o seguinte: várias "garotas" ficam de biquini em vitrines viradas para a rua, fazendo poses, dançando, rebolando, ou qualquer outra coisa que possa atrair a atenção do povo.
Além disso, também existem vários outros "negócios": sexshops, cabines eróticas e o mais incrível, espetáculos de sexo explícito. Bizarro, não é?
Pena que lá era proibido tirar fotos... Mas que é um lugar bem curioso isso é.
Outras das "atrações" turísticas de Amsterdã, e talvez as mais famosas, são as coffeeshops.
As coffeeshops, apesar do nome, são os estabelecimentos licenciados para poder comercializar maconha. De acordo com o guia do tour que fizemos (de graça também!!), a maconha não é legalizada na Holanda não. O que acontece é que seu uso e comércio é descriminalizado, e qualquer um vendendo menos de 5 gramas por vez ou portando menos de 30 tem minimíssimas chances de serem multados. Não sabemos se é assim mesmo de verdade, já que não tivemos tempo suficiente ainda pra pesquisar sobre o assunto... Talvez quando voltarmos pra casa sobre um tempinho pra isso, eheheh :)
Novamente de acordo com o guia, apenas 10% dos holandeses consumem a droga, regularmente ou não. O grande mercado consumidor das coffeeshops é na verdade os turistas, e essa é a maior razão para que a Holanda não ceda às pressões externas (principalmente Inglaterra e França) e volte a criminalizar a venda e consumo da maconha.
Só um aviso às mamães: não precisam se preocupar. Apesar da aparente "libertinagem", Amsterdã é um lugar seguríssimo e tinha polícia e senhoras de família em tudo quanto é lugar. E não, não fizemos nada de errado, podem acreditar :)
Mas Amsterdã tem muito mais o que oferecer além de sexo e drogas. O guia nos levou à Oude Kerk (Antiga Igreja), uma igreja gigante e lindíssima localizada bem no meio do Red Light District. A razão? Bom, Amsterdã sempre foi uma cidade portuária muito movimentada, e a primeira coisa que os marinheiros que passavam meses no mar faziam ao chegar em Amsterdã era procurar as "garotas" do Red Light District. Após dias de farra e esbórnia, quando tinham que voltar para a solidão dos navios, eles davam uma passadinha na igreja, se confessavam, pagavam a indulgência e pronto!, livres do pecado. Fácil assim.
Também tem o Nieuwmart, o prédio medieval mais antigo ainda preservado em Amsterdã. Ele foi construído no século XV, e fazia parte da antiga muralha que rodeava a cidade. Esse lugar foi palco de execuções e dissecações (eca) públicas por muitos anos, e hoje em dia é um restaurante chiquíssimo que cobra 20-30 euros por prato.
Um outro prédio legal é o Magna Plaza, talvez o shopping center mais charmosão que já vimos.
Tem um lugar também que achamos bem legal de visitar. Algum de vocês lembra da Companhia das Índias Orientais? Ela funcionava como uma espécie de mediora entre os donos de navio que queriam fazer comércio com o Novo Mundo ou invadir territórios ingleses e portugueses, como foi com a ilha de Manhattan (é isso mesmo, NY foi fundada pelos holandeses) e com o Estado de Pernambuco (alguém se lembra de Maurício de Nassau?). Considerada por muitos a primeira corporação da história, o prédio da Companhia existe até hoje em Amsterdã e hoje funciona como um dos campus da universidade local. Não é muito bonito, mas o significado histórico é que legal.
E por aí vai. Amsterdã é uma cidade linda e interessante, que realmente adoramos conhecer. Tá no rol das favoritas, pau a pau com Edinburgo :)
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5 comentários:
Esse tá funcionando, né?
Tah Sim!
E eu nao li tudo ainda, mas que sentido faz uma cidade um numero de bicicletas 50% maior que a populacao?? o.O
Eh qse igual a Angola, que tinha mais mina terrestre do que gnt.
Isso sem levar em conta, eh claro, a diferenca sutil entre bicicletas e minas terrestres... =P
Ei, Marcelinho, deixa de ser implicante, as pessoas tem bicicleta de reserva, se a principal estragar, ou bicicletas prá cidade e pro campo, deve ser, melhor do que andar de carro e poluir o meio ambiente.
RÔ e Bela, nem ouso perguntar que tipo de coisa errada vcs NÃO fizeram, prá não saber A QUE FIZERAM...
Mamãe.
Vc esta parecendo a mamae com esse chapeuzinho.
Bjo!
Olá pessoal, não imaginava que Amsterdã é tão legal assim. O filho do Bruno (marido da Andréia) fez intercâmbio lá. São muitas bicicletas, né? Pra que isso tudo??
Evandro
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