A Escandinávia é uma região meio difícil de se definir. Alguns dizem que ela é composta por apenas dois países, a Suécia e a Noruega. Outros já incluem a Dinamarca, que apesar de não estar na península escandinava, têm raízes histórico-culturais em comum com seus vizinhos do norte. E ainda há quem ainda bote no mesmo saco Islândia, Finlândia e várias outras ilhazinhas espalhadas pelo Atlântico e pelo Mar Báltico.
A escolha das cidades que iríamos viajar por essas bandas foi bem simples. Como Helsinque (a capital da Finlândia) parecia ser meio sem graça e esse negócio de procurar ilha no meio oceano tava ficando muito complicado, acabamos optando por visitar apenas três das capitais: Copenhague, Oslo e Estocolmo, exatamente nessa ordem.
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A Dinamarca é o país escandinavo mais ao sul, e é formada por uma parte peninsular, ligada ao norte da Alemanha, e por uma outra insular, composta por milhares de ilhas espalhadas pelos Mares do Norte e Báltico. Na maior delas, chamada Zelândia, fica a capital e maior cidade da Escandinávia, a famosa Copenhague.
Ficamos lá dois dias e adoramos a cidade. Nosso hotel ficava perto da Strřget, um conjunto de ruas para pedestres que dizem ser o maior do mundo. Lá era cheio de lojas, lanchonetes, restaurantes e principalmente de gente engraçada pra olhar, que foi o que nós mais fizemos, hehehe.
Măe levando as crianças numa rua ali do lado
Bem no meio da Strřget existe uma torre chamada Torre Redonda (Rundetaarn). Parece meio nada a ver, mas tem uma história bem legal atrás disso. Alguém aí se lembra de um cara chamado Tycho Brae? Bom, vai aí um resuminho meia-boca: Tycho Brae era um astrônomo muito dedicado, acima de tudo. Ele nunca descobriu nada de muito importante, e a única coisa que ele fez de bom foi ficar observando a posiçăo de vários planetas e estrelas e anotando todos os dados (data, coordenadas, etc) ao decorrer dos anos, só pra deixar registrado mesmo.
Daí um dos seus alunos mais brilhantes chamado Kepler pegou todas essas informaçőes, ficou anos trabalhando em cima delas e desenvolveu um conjunto de leis astrofísicas que revolucionaram a astronomia moderna. E tudo isso começou lá na Torre Redonda, que era o antigo observatório de Tycho Brae. Nós subimos a enorme rampa circular até lá em cima (uf, uf), mas a vista valeu a pena.
Pra variar, o centro da cidade era cheio de canais, lagos, ilhas e pontes. Mas lá era diferente. Primeiro pelo estilo dos prédios, todos compridinhos e com aqueles telhados inclinados pra năo acumular neve. O sol de fim de tarde deixava tudo mais bonito ainda.
Segundo porque o Palácio Real (christiansborg Slot) ficava logo ali no centro também. É isso aí, a Dinamarca ainda é uma monarquia, e o pessoal lá é cheio de frescura por causa disso (mais detalhes ainda a vir). O Palácio fica numa ilha no centro, e parecia ser bem bonito... se năo estivesse em obras, hehehe. Mas mesmo assim tava legal:
E terceiro e mais importante é que Copenhague tem sua própria Sociedade Alternativa a míseros 500 metros do Palácio Real. Năo, isso năo é mentira. O que aconteceu foi o seguinte: em 1960, um bando de hippies dinamarqueses decidiram fundar uma vila maluco-beleza chamada Cristiania, um lugar onde o povo poderia trabalhar se que quisesse e fumar o que quisesse, sem estresse.
Com o passar do tempo, foi criando-se um mercado aberto de compra e venda de drogas na rua central de Cristiannia, chamada Pusher, que foi logo contido pela polícia dinamarquesa assim que o local começou a se tornar perigoso. Hoje, como em todo o resto de Copenhague, Cristinnia é um lugar cheio de imigrantes. Encontramos de tudo: negőes africanos, uns índios com cara de chineses esquisitos e até um brasileiro! O cara nos mostrou a vila rapidinho (ele tava com pressa, já de acordo com o próprio "os branco tavam lá esperando"), e disse que do pessoal original mesmo só sobrou uns 50.
Uma pena que lá na Pusher era proibido tirar foto... A gente tirou uma no começo, mas logo que vimos as milhares de placas e desenhos de câmeras cortadas com X vermelhos achamos melhor obedecę-las, hehehe. O lugar era incrível! Várias lojinhas, barraquinhas de comida, galpőes de construçăo e casinhas esconidadas no meio do mato. E isso tudo praticamente no centro de Copenhague!
Na saída, uma placa lembrava aos visitantes para onde eles estavam voltando.
Isso tudo visitamos no primeiro dia na cidade. No segundo bem cedinho, pegamos o metrô e fomos para a parte norte da cidade, num bairro chamado Frederikstaden. Lá é onde fica a estátua da Pequena Sereia (Lille Havfrue) construída em homenagem ao famoso escritor dinamarquês Hans Cristian Andersen. Talvez seja difícil lembrar pelo nome, mas foi esse cara aí quem escreveu contos como "O Patinho Feio" e "As Novas Roupas do Imperador". A "Pequena Sereia" também foi escrita por ele, e a estátua é um símbolos mais conhecidos de Copenhague.
A estátua fica num porto bem bonito, que faz parte de um complexo maior chamado Kastellet. Essa área toda era um antigo forte militar, mas hoje é um parque bonităo, muito bem cuidado.
Ali a uns 4 quarteirőes ficava o palácio de inverno da realeza dinamarquesa, o Amalienborg Palace. Igual a seus colegas de profissăo londrinos, todo dia os guardinhas fazem um showzinho pra turista ver e chamam isso de Troca da Guarda. Por questőes de horário, essa năo deu pra gente presenciar, mas pelo menos presenciamos um grupinho fazendo pose de malzão :)
Bem ali do lado ficava a Marmokirken (Igreja de Mármore, numa traduçăo literal). Essa igreja é enorme! E muito bonita também. É o segundo maior domo da Europa, perde só pra St. Paul's Cathedral, em Londres. Quem quiser pode comparar as duas, já que a gente também já botou foto de ambas no blog.
Pra terminar o passeio, fomos pro Rosenborg Slot, um palácio estilo barroco construído pelo rei Cristian IV (que devia ser muito importante, devido à quantidade de coisas que tem "cristian" no nome em Copenhague) para ser a residęncia de verăo da família real. Bonităo também.
De lá, fomos direto para a estaçăo de trem rumo a Oslo, alguns 500 quilômetros ao norte...
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