domingo, 28 de outubro de 2007

Dia 32 - Oslo

14 de outubro

Depois de atravessar o Mar Báltico e metade da Suécia de trem, finalmente chegamos em Oslo.


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Oslo é a capital da Noruega, e a menor das três que iríamos visitar na Escandinávia. A população total é cerca de 600 mil habitantes, todos loirinhos e branquinhos como todo bom e velho norueguês, não é verdade?

Não!!! Chegamos na cidade à noitinha, lá pelas 8 da noite, e fomos caminhando da estação de trem até o albergue. No nosso caminho de cerca de 20 minutos, o que mais nos chamou atenção foi a quantidade de imigrantes que encontramos e a de branquelos que não encontramos. Depois fomos saber que quase 30% da população de Oslo é imigrante, sendo que a maioria é de origem indiana, paquistanesa e africana.

Mas a mais agradável surpresa foi quando fomos comprar nosso primeiro lanche em terras norueguesas. Já ouvimos dizer várias vezes que Paris é a cidade mais cara da Europa, mas depois de Oslo tá difícil acreditar. Fomos no lugar mais barato que o guia nos indicava, uma lanchonete fulerinha comandada por dois indianos. Pedimos um x-burger, um sanduíche de carne picotada (o famoso kebab) e uma coca, que saíram pela bagatela de 120 coroas (aproximadamente 12 euros, ou um pouco mais de 25 reais). E olha que nem foi em zona turística, foi no meio de um bairro residencial e num dos lugares mais baratos da cidade.

Bom, mas não nos deixamos desanimar por meras questões financeiras e fomos passear bem cedo no outro dia. Como Oslo é pequena, a maioria dos pontos turísticos fica perto um dos outros, e fizemos tudo andando mesmo.

O primeiro lugar que fomos foi o Castelo e Fortaleza de Akershus.

Ruas calçadas do lado de fora da muralha

Akershus fica bem na beira do mar, na entrada do porto principal da cidade. A fortaleza foi construída ali em pleno século XIII, e com o crescimento do império viking acabou sofrendo uma ampliação e dando lugar a um grande castelo. Em 1624, um incêndio acabou queimando tudo e o complexo foi reconstruído como um palácio renascentista.

Torre e paredes internas

O lugar é bem grande e bem bonito, tudo construído num estilo rústico que combinava perfeitamente com a vegetação do local. Aliás, era essa segunda o que mais se destacava, graças à linda coloração típica do outono. Olha só:

O outono, em Akershus

De lá, caminhamos pelo centro da cidade até o Palácio Real. Oslo não tem um centro histórico ou Old Town separado, mas a beleza das ruas da região central mais do que compensa.

Alguma rua no centro de Oslo

Prédio do Parlamento (Stortinget)

O Palácio Real fica no meio de um parque chamado Slottsparken, no coração da cidade. A caminhada até lá foi bonita mas o palácio em si não tem nada de mais. O pior mesmo era a terra marrom bem na frente do prédio. Custava plantar uma graminha?

Subindo em direção ao Palácio

O dito cujo

Saindo do Palácio, fomos aproveitar o fato de que era domingo e visitamos dois museus - que em Oslo são de graça nesse dia da semana. O primeiro e mais legal foi a Galera Nacional de Arte (galeria é museu?), que exibe vários quadros e esculturas famosas, desde Monet até Picasso, passando por Van Gogh e talvez pelo único pintor noruguês de renome internacional, Edvard Munch.

Talvez seja difícil lembrar só pelo nome, mas é dele aquele famoso quadro "O Grito", que estava exposto na galeria.


O segundo museu foi o Museu da História Norueguesa. Esse prometia pelo nome, mas acabou decepcionando no final das contas. As exibições eram bem mixurucas, e a grande maioria dos textos estavam apenas em norueguês. Foi meio pegadinha, digamos assim.

Susposto traje dos reis Vikings

Mas não se desesperem, pois a melhor parte de Oslo ainda estava pra chegar. Caminhamos uns vinte minutos para chegar no belíssimo Vigelandsparken, um parque de esculturas idealizado e criado pelo artista norueguês Gustav Vigeland (1869 - 1943).

Vigelandsparken

O parque tem mais de 200 esculturas em menos 80 acres, cada uma representando um estágio do ciclo de vida humano. Todas foram criadas e posicionadas pelo próprio Vigeland. O lugar é simplesmente magnífico.

Umas das centenas de esculturas do parque

O mais legal é como esse cara conseguiu dar tanta beleza a cenas tão normais do dia a dia. O movimento e a emoção presente em cada uma das obras é impressionante. Também é legal como tudo ficava tão mais bonito com a vegetação de outono ao fundo.

Outra

Bem no meio do parque fica um enorme monolito de corpos amontoados, e ao redor outras dezenas de esculturas que tinham como tema a relação entre pais e filhos. Dava vontade de parar e ficar meia hora em cada uma, sem exagero.

Monolito

Mãe

Mais duas

No final do dia, fomos dar uma passeada pelo porto, que é cheio de lojas meio carinhas e restaurantes. A vista é bonita, mas o que mais chama atenção é o Castelo Arkeshus (aquele onde passeamos pela manhã), que fica bem ali do outro lado.

Porto

Arkeshus, visto de longe

Assim nos despedimos de Oslo, e partimos no trem noturno para nossa última cidade escandinava...

2 comentários:

Rodrigo disse...

Esse funciona.

Anônimo disse...

Filho, estou deslumbrada....e cada vez mais motivada para conhecer estas terras.
Galeria não é museu, mas é local onde se expõe obras de arte.