domingo, 16 de setembro de 2007

Dia 2 - Zócalo e Coyoacán

13 de setembro

Depois de uma noite de sono não tão boa (quarto estilo dormitório, dois poloneses chegando tarde, acordando cedo e acedendo luzes a noite toda), fomos passear direito pelos principais pontos turístiscos do Zócalo. Entramos na Catedral Metropolitana e depois fizemos um tour pelo campanário. Ao todo, são 35 sinos (um deles é o maior e mais pesado de toda a América, quase 14 toneladas) e a vista para a praça é linda.


Zócalo visto do campanário da Catedral Metropolitana

O passeio seguinte foi no Templo Maior, do lado da Catedral. O templo foi construído em várias etapas, à medida em que Tenotchitlán foi crescendo. Ao ver as escadarias (ou o que restou delas) dá pra perceber isso direitinho.


Escadarias do Templo Maior

Lá foi encontrado um dos maiores tesouros arqueológicos de todo o México, a pedra de Coyolxauhqui. A história é esquisita, e é mais ou menos assim: a deusa Coatlicue estava varrendo o topo do templo quando encontrou uma bola de penas. Daí, quando percebeu, acabou ficando grávida. Com inveja do novo filho que ia nascer, Malinalxochitl fez um plano para matar a mãe. Mas o bebê, chamado Huitzilopochtli, disse para a mãe não se preocupar que ele iria dar um jeito na irmã antes que isso acontecesse. Para isso, ele já nasceu adulto e jogou a irmã de cima de um morro, e ela acabou toda despedaçada lá embaixo. É o corpo desmembrado de Malinalxochitl que está retratado na pedra, basta usar a imaginação.

Pedra de Coyolxauhqui

Do zócalo, fomos a uma cidade (ou bairro, sei lá) que se chama Coyoacán. De metrô, claro, que é muito fácil de usar e bem rápido. Numa das mudanças de estações, uma surpresa: uma ruína asteca encontrada durante as obras para a construção das pistas na década de 60.

Templo asteca ao lado dos corredores do metrô

Em Coyoacán é um bairro bonito, com barzinhos legais e casas e prédios bem cuidados. É como se fosse o Santa Tereza de BH. Nosso primeiro destino foi o Museu Casa de León Trotsky, que morreu no seu exílio na Cidade do México assassinado com golpe de picareta por um comunista simpatizante de Stálin. Acabou que não deu pra entrar, pois chegamos às 17:03 e a casa só ficava aberta até as 17:00... É, vivendo e aprendendo.

Depois fomos para o Museu de Frida Kahlo, uma pintora impressionista bem famosa no México. Foi outra decepção, pois não mostrava nada mais do que a casa dela como era na época da sua morte. Realmente devia ser uma casa bem interessante, mas não valeu o deslocamento.

Uma surpresa agradável foi a Praça Hidalgo. Tudo verdinho, vendedores ambulantes, uma igreja bonita. Tirando a bandeira do México no coreto, parecia até uma cidade do interior do Brasil.

Plaza Hidalgo

Voltando para o centro, passamos pela Alameda Central e o Palácio de Belas Artes. O Palácio é lindo, uma construção bem moderna e imponente.

Palacio de Bellas Artes


Por último, subimos na Torre Latinoamericana, o maior prédio da América Latina. A entrada foi salgada (50 pesos por pessoa, cerca de 10 reais), mas a vista lá de cima é realmente impressionante. Pena que a foto não faz o mínimo jus ao que realmente foi.

Zócalo visto do topo da Torre Latinoamericana

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