Nosso último dia de Cidade do México não começou muito bem. Primeiro, aprendemos a não confiar 100% nas informações do guia, que dizia que o Estádio Asteca (aquele mesmo em que o Brasil ganhou a Copa de 70) abria pra visitações de sexta a domingo. Depois de ir até o ponto final do metrô e de 8 estações no trem ligeiro, acabamos barrados na porta do Estádio, e nem depois de muito choro o guarda nos deixou entrar.
De lá, fomos para o metrô e paramos na estação de Chapultepec, aonde visitamos aquela que seria a grande surpresa do dia: o Museu de Antropologia. De acordo com o guia (que já havia falhado duas vezes só neste dia), o museu requer dias de visitações, e é tão completo e extenso que tem pessoas que viajam para a Cidade do México só para conhecê-lo. Ele fica dentro de um parque chamado Bosque de Chapultepec, que é o maior bosque urbano das Américas. O mais antigo também, já que foi criado por Moctezuma, o último imperador asteca, como área recreativa para a população de Tenochtitlán.
Entrada do Museu de Antropologia no Bosque de Chapultepec
Sinceramente, não estávamos botando muita fé, porque museu costuma ser chato e tudo. Mas o Museu de Antropologia quebrou todas nossas expectativas. As primeiras salas eram dedicadas à evolução do homem, desde macaco até ocupar todos os continentes. Tudo muito bem ilustrado através de maquetes e peças arqueológicas raras (como o esqueleto do australopiteco Lucy) acompanhadas de textos e gráficos bem explicativos.
Índios pré-colombianos caçando mamute
Depois, havia uma sala para cada uma das culturas pré-colombianas existentes no México. Não deu pra ver tudo de cada, muito menos pra ir em todas. O lugar é realmente gigante. Mas tá aí alguns exemplos do que vimos:
Recriação da fachada do Palácio de Quetzacoátl, em Teotihuacán
E isso foi só o andar de baixo. No de cima, maquetes, bonecos, fotos e artesanato proveniente de todas as regiões do México ilustravam a diversidade cultural existente nesse país. Tudo muito lindo, mas foi também muito corrido.
Casa rural típica da região de Oaxaca, sul do México
Para terminar o dia, vimos de camarote a queima de fogos do Dia da Independência. Todo ano, é comemorado nas praças centrais das cidades do México o dia e hora em que Miguel Hidalgo declarou a guerra contra a Espanha pela indepdendência, que foi às 11 da noite do dia 15 de setembro de 1810. E o nosso quarto estava virado diretamente para o zócalo, e as camas ficavam bem do lado da janela. Foi uma surpresa bastante agradável, temos que admitir :)
Queima de fogos no zócalo
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